• Uma forma prática de prever um pôr do sol promissor é observar as nuvens: as altas, irregulares e muito espaçadas são ideais, uma vez que cada uma delas capturará um pouco de luz e cor, criando uma cena visualmente agradável. Nuvens grandes e densas não são um bom sinal! Frequentemente, outra indicação de um pôr do sol adequado será um dia chuvoso: se as nuvens de chuva se dissiparem perto desse momento, poderemos obter a imagem perfeita.
• Em todas as fotografias do pôr do sol, é necessário reagir rapidamente: dispomos talvez de 20 minutos para fazermos algo acontecer e, a cada minuto que passa, a fotografia pode ser drasticamente diferente dada a forma como a luz se reflete nos diferentes objetos e a sua intensidade em mudança. O segredo é prepararmo-nos com antecedência, uma vez que, se andarmos a brincar com os pés do tripé, é provável que percamos a melhor parte.
• Para produzir imagens verdadeiramente eficazes e intensas, é geralmente necessário mais do que apenas o pôr do sol: deverão existir motivos em primeiro plano no enquadramento, sejam eles formas, sombras, detalhes ou texturas. Nuvens e aves em voo podem também ser úteis para acrescentar profundidade e interesse, dando vida à cena.
• Serão geralmente usadas exposições superiores a 1 segundo (se o sol já se tiver escondido para lá do horizonte), pelo que será necessário evitar vibrações na câmara tanto quanto possível. Assim, precisaremos de um tripé e de um cabo de disparo do obturador, ou do autotemporizador da câmara. À medida que a luz se vai desvanecendo, constataremos que necessitamos de velocidades do obturador cada vez mais prolongadas. Continue a visualizar as fotografias no ecrã e com o histograma (ver abaixo), aumentando o tempo de exposição na fotografia seguinte, se necessário. Caso existam detalhes de primeiro plano formando silhuetas no fundo, aumente a velocidade do obturador. No entanto, não exagere nas silhuetas que inclui, pois demasiadas podem sobrecarregar a imagem com a sua escuridão.
• Enquanto o sol ainda está no céu, utilize prioridade à abertura (modo A na câmara), ISO automático se estiver a disparar com a câmara na mão, e a câmara deverá então produzir uma exposição equilibrada à medida que a luz se desvanece a partir do céu. No pôr do sol, com a luz a mudar tão rapidamente, se utilizar o modo manual (modo M), necessitará de ajustar continuamente as definições da câmara de modo a manter uma boa exposição. Isto reduz o tempo disponível para avaliar a luz e o enquadramento para a sua imagem. Se precisar de uma velocidade do obturador mais prolongada, pode utilizar um filtro de densidade neutra ou optar por uma abertura menor, por exemplo, f/11 ou f/16. Um ISO baixo de 64 ou 100 também permitirá imagens de qualidade superior e velocidades do obturador mais prolongadas.
No crepúsculo ou durante a hora azul e quando o sol tiver desaparecido, se ainda estiver a disparar no modo Prioridade à abertura, poderá pretender utilizar a funcionalidade de compensação de exposição da sua câmara para ajustar a exposição de modo a garantir a sua exatidão. Em alternativa, para proporcionar-lhe um controlo completo da sua exposição, passar para o modo manual (modo M) permitir-lhe-á controlar ainda mais a velocidade do obturador e as definições da abertura.
Para garantir a obtenção de imagens extremamente nítidas em situações de iluminação reduzida, tem a opção de utilizar a Focagem automática ou a Focagem manual. Com a Focagem automática, numa situação de iluminação reduzida, utilizando o ponto de focagem central, poderá focar mais rapidamente. Se ainda considera a focagem um desafio, mude para a focagem manual na objetiva e no corpo da câmara, ative a Visualização em direto e, em seguida, utilize o ecrã tátil ou o botão mais para aumentar a imagem no visor do LCD e, em seguida, rode o anel de focagem manual da sua objetiva até o motivo ficar extremamente nítido. Uma terceira opção seria pré-focar a objetiva no motivo enquanto ainda há luz e bloquear a focagem.
• Se pretender incluir na cena ao crepúsculo luzes como as de edifícios iluminados ou iluminação de rua, tenha cuidado com a medição: se a luz for fraca, o medidor pode ser "enganado" e definir um tempo de exposição mais prolongado para aclarar a grande proporção de áreas escuras da cena, fazendo com que as partes iluminadas fiquem sobre-expostas e queimadas. Recorra à compensação de exposição para gerir esta situação. Serão provavelmente necessários cerca de dois passos de exposição insuficiente se a maior parte da cena for escura. Além disso, a utilização de uma ligeira exposição insuficiente em cenas ao pôr do sol reforçará as cores.
• Certifique-se de que as definições estão corretas, observando a imagem no LCD e verificando também o histograma. O histograma é uma representação gráfica da gama de tonalidades numa fotografia, ou seja, uma análise instantânea da imagem capturada. Em fotografias do pôr do sol, dir-lhe-á imediatamente que está a utilizar uma exposição excessiva e a obter realces queimados. Procure recortes nos realces, indicados por uma elevada concentração de picos recortados no lado direito do histograma. Se o sol estiver na imagem, é provável que alguns dos realces estejam cortados. Contudo, em muitos casos não haverá problema, desde que a maior parte da curva do histograma se dirija para o centro do gráfico.
• Muitos dos nossos conselhos anteriores são também aplicáveis a filmagens do pôr do sol. Se a câmara estiver apontada diretamente para o sol a desaparecer, tenha cuidado com os reflexos na objetiva que esbatem os pormenores. Este efeito pode ser reduzido escolhendo uma abertura inferior para deixar entrar menos luz e escurecer a cena. É também possível usar um filtro de polarização para bloquear a luz excessiva, ou um filtro de difusão para a dispersar. Um método diferente passará por omitir o próprio sol, concentrando a atenção na paisagem iluminada pelos seus raios cada vez menos intensos (funciona também em imagens estáticas). Para ter mais opções durante a edição, tente capturar o máximo de ambos os tipos de cena que puder enquanto ainda houver luz.